segunda-feira, junho 13, 2005

Um dia de Fúria

Chuva. Tenho insistido na idéia de que não somos deste planeta. Não acredito em UFO's nem nada disso, mas é uma coisa muito estranha que não consigamos agüentar chuva! Tem coisas que realmente não dá. Por exemplo, quando chove todos os carros parecem ter mais pressa, apesar de ser você, pedestre, quem está se molhando todo. Normalmente chuva vem de cima para baixo, entretanto isso nem sempre é verdadeiro. Se venta, a chuva pode vir de lado. Na sua cara. Ou na sua bunda porquê ela não escolhe lado nem respeita zonas impróprias. Se você está no meio de dois cruzamentos, em cima de um canteiro fino, pode esperar pela desgraça. O vento, a chuva de cima, de lado e quando os carros passarem você terá a horrível noção verdadeira de que chove de baixo para cima também. Eu acho até que molha mais. Ao menos é mais desagradável. Creio que nossa cabeça está mais adaptada a receber água do que a parte de baixo da bunda. A diferença de cabelo é um dos indicativos. Também não podemos esquecer do ônibus que passará exatamente no momento em que o vento e o carro, pelo outro lado passarem, fazendo você "dropar" um quase "tubo" em plena cidade. A sensação é desesperadora. Todo molhado e sem saber direito de onde ela vem.
Depois que se atravessa a rua os perigos pioram. Você busca abrigo sob uma marquise e as pessoas te olham como lobos defendendo o seu território. Parada de ônibus é mortal. Todo mundo se espremendo entre a chuva torrencial e as gotas que caem incessantemente dos furos no teto. E todos esquecem do ônibus que vem e da água que sobe, inclusive você. Correndo para um abrigo tem o sempre certo momento da resvalada. Onde, por um instante, tudo parece ter saído de baixo de você. Menos a chuva, é claro. Quando a proteção das marquises te parecem um éden "aí é preciso ter cuidado porquê deve andar perto uma mulher" (Vininha). Normalmente uma velhinha ergonomicamente desenhada para ter vinte e poucos centímetros menos que você para que o seu guarda-chuva acerte exatamente o seu olho. Aliás elas, apesar de terem guarda-chuva, estão sempre andando embaixo das marquises. De cabeça baixa, fingindo que não estão te vendo e com passo apressado. É quase um atropelamento. Se batem em você ainda te xingam! E, não se esqueça, tome cuidado com os olhos. Os guarda-chuvas delas são desenhados por uma fábrica de armas nos EUA para que atinjam maior dano. Um primo do cunhado da irmã da tia de um cara que a namorada do primo de um amigo meu conheceu um dia na fila do banheiro de uma boate é representante desta empresa no Brasil e me mostrou os novos designs das armas. Tem até modelo camuflado. Assustado, desenvolvi uma técnica de proteção. Agora uso óculos escuros mesmo na chuva! Precaução ...

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu represento as fábricas das sombrinhas e estou te processando por isso.
Outra não sou o tio do vizinho ...
você sabe