terça-feira, junho 07, 2005

Eduardo e Mônica ... é Russo?!

Ícones da década de 80. Quase esquecidos na década de 90 em função do Robocop Gay ou das rancheiras e pagodes intermináveis, iguais e chatíssimos. Neste século também parece que terão que ficar em nossas memórias em virtude da Musa do Verão, Eminem e coisas assim. Triste. Era uma espécie de ritual de passagem da minha juventude. Recitar Eduardo e Mônica e Faroeste Caboclo de "cór e salteado" como dizia meu saudoso pai. Tabuada, regras de acentuação, capitais do mundo, alfuentes da margem esquerda e direita do Amazonas podiam esperar, mas nossos neurônios tinham que absorver Eduardo e Mônica e Faroeste Caboclo. Nas festas elas davam um sinal de identidade. Como se nós pudéssemos nos reconhecer não pela música ou pela letra, mas pela decoreba recitada em conjunto.
Hoje de posse de um instrumental mais, digamos, maduro e realista vamos fazer uma breve análise da música.
Em primeiro lugar a Mônica era uma semi-balzaca, pinguça esotérica e encalhada. Que tinha que pintar o cabelo para esconder "os brancos". Ela era de leão mas ele nem tinha signo, afinal não importava. As leoninas não querem saber dos outros signos e nem dos outros gostos. Quem fala coisas sobre o planalto central, magia e meditação e ainda faz medicina só pode ter sérios problemas para se encontrar. Ensinou o gurizinho a beber. E a música omite que quando se separaram ele teve que procurar o AA. Teve gêmeos do rapaz e ainda hoje cobra pensão pelos dois. Eduardo já esteve três vezes preso e não conegue se livrar da hipoteca da casa que "construíram juntos". Casa que ela mora e ele está num flat em São Paulo de frente para o Tîetê. Ela deu uma chave de perereca no rapaz enquanto ele ainda tinha 16. Percebe-se, desde o início do relato, que o Eduardo queria apenas amizade, por isso sugeriu a lanchonete, mas a mal-intencionada da Mônica já queria um local escuro, o cinema.
Ele teve que fazer tudo o que não gostava, teatro, artesanato, fotografia. A música não fala nunca num futebolzinho com os amigos, nem a Mônica torcendo no final do interzonal de praças. Não fala da comemoração do vestibular, que por sinal ele não foi, pois ela falou que tinha muita "vagabunda" lá e não o deixou ir. Aliás, ele nunca conseguiu se formar. Teve que começar a trabalhar para sustentar os gêmeos e o crédito educativo dela, que fez uma faculdade privada.
Embebedado ele já sentia que era uma festa estranha e queria ir para a casa. Notem o senso crítico do pobre rapaz. Não foi capaz de buscá-lo para o encontro de moto. Fez o pobre coitado ir de bicicleta para lá. Quem gosta de Goddard, Rimbaud e Bandeira (o Manuel) só pode estar encalhada. E, para terminar o assunto, toda a culpa dos fracassos é sempre dele. Notem que é o filhinho do Eduardo a anta que empaca as férias de todo mundo. Ele é o grande responsável pelo fracasso do casamento. Ela conheceu um cirurgião plástico cheio da grana. Mais velho parecido com George Cloney que a convidou para fazer uma pós nos EUA. Se a situação fosse inversa certamente o pobre Eduardo teria sido vítima de um processo de assédio sexual e, posteriormente, abandono do lar. Elas podem tudo! Sempre!

2 comentários:

Anônimo disse...

Mas q recalque, hein?
Vai criar uma úlcera assim, querido!
Simulado, hein?
Tá...

Miguel disse...

"e quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração, e quem irá dizer que não existe razão" É russo mesmo, ao menos para mim
eheheheh
Beijocas