terça-feira, julho 26, 2005

Que atirem a primeira pedra

A história recente do Brasil tem mostrado coisas alucinantes. Algumas delas estavam postas na nossa cara desde o descobrimento quase. Outras fazem parte dos arquétipos de pensamento dos homens. Refiro-me, aqui, à posição das ex-mulheres. É impressionante como o amor pode virar ódio no coração das mulheres. Desde o famigerado Pitta até Valério e cia., as CPI's têm contado com um suprimento adicional de denúncias, sempre vindas das "ex's". Vamos deixar claro uma coisa, no meu ponto de vista, essas pessoas mereceriam a morte por enforcamento sumário. Porque são o que de mais falso e salafrário existe na face da Terra. Em primeiro lugar, ferraram o povo, crime lesa-pátria, enquanto eram exposas dos políticos corruptos, aproveitando e não reclamando quando o dinheiro jorrava. Aqui, não houve patriotismo. Aqui, não pensaram no "leitinho das crianças brasileiras". Apenas aproveitaram o que o dinheiro sujo poderia oferecer, sem oposição ou com discordância mínima. Entretanto, quando a maré muda, ou seja, quando elas não gozam mais do status de "atual" e, portanto, não usufruem mais das benesses do dinheiro fácil, aí tratam os "ex's" como se fossem os canalhas mais sórdidos do Brasil e como se sempre tivessem realizado seus atos por cima da vontade delas. Trocando em miúdos, quando o dinheiro deixa de afluir para o seu bel-prazer então canalizam a raiva do fim do relacionamento somada à, possível, existência de uma outra mulher nos braços e bolsos do ex-marido e se tranformam em paladinas da justiça e defensoras do Brasil, contando e revelando tudo, como se exteriores ao problemas elas estivessem, sempre. Daí repito, dupla traição com gostinho de vingança sórdida e pitadas de choro e desapego material. Tudo mentira. Estas pessoas deveriam ser colocadas como cúmplices dos maridos, atenuadas suas culpas como bem faz a justiça, mas indiciadas sim.
Refletindo um pouco sobre a questão é possível entender a razão de tal ódio. As mulheres, como condição básica da natureza, são responsáveis pela mais importante função da natureza, a reprodução. Todo aquele que tem o mínimo de conhecimento de antropologia ou psicologia sabe que são elas que escolhem o parceiro para a reprodução, no caso o casamento ou "ajuntamento", como está na moda. Esse papo de homem escolher não passa de bravata machista que não se sustenta perante um olhar crítico e consciencioso. Bom, o pensamento feminino, no entanto, não é tão simples e, ao invés, de ficarem patentes os resultados da escolha, elas realizam sempre as possibilidades da perda. Explicando melhor, a mulher em vez de pensar que ganhou uma vida ao lado do escolhido, pensa, em realidade, nas vidas que perdeu se tivesse escolhido fulano ou beltrano para o seu lado. Materializam psicologicamente não os benefícios da escolha (e claro que também os malefícios) mas sim as perdidas chances de usufruir ou sentir coisas que poderiam ter sido geradas por outras decisões. Escolher, para uma mulher, não significa ganhar aquilo e sim, perder todo o resto. Quando o relacionamento acaba, o ódio por ter "desperdiçado" tempo com a pessoa transmuta-se em indignação pela "má" e "inadvertida" tomada deste e não daquele caminho. Assim o ex assume o papel de quase um anti-cristo. Como se tivesse roubado não só tempo e sentimentos, mas também a possibilidade de ela ser feliz ao lado de outra pessoa. Destarte, o ódio é conseqüência direta da inadequação à nova realidade e ao inerte sentimento de que "não valeu à pena". É importante lembrar que um relacionamento, salvo casos doentios, não se faz com o consentimento exclusivo de um dos lados, e sim com o assentimento, ainda que tácito, de ambos. Assim, que se punam essas ex-traidoras por terem aproveitado e "cuspido no prato em que comeram". A pior falha do ser humano é a falta de caráter, estas demonstraram a ter em profusão então, a forca!

2 comentários:

Anônimo disse...

Verdade...
Imagina o que elas sentem vendo as secretárias indo posar para a playboy? por dois contos, ainda...

Puro recalque...

Tenho uma teoria:
Os homens só andam ( para frente ou para trás) por razão de suas companheiras. Os caras fazem guerra por mulher, matam, vivem, lutam, conquistam impérios, lideram outros homens, roubam, viram reis, fogem, renascem por elas.
A História nos mostra isso. Átila, Julio César, Romeu, Sansão, Hercules...e tantos outro que não me lembro..todos mortos pelas queridas...no sentido amplo do pensamento, quero dizer...mas é assim...por trás deles sempre há um cérebro maquiavélico pensante.

Até o Peter Pan, a Wendy quis corromper, ensinando sentimentos e querendo que ele crescesse!!

Pq no Brasil seria diferente?
Meu pai acha que manda mas, se minha mãe chegar de mansinho e sussurrar algo em seu ouvido, ele obedecerá...(uma ordem susurrada, disfaçada de pedido) e ainda diz:
- Tive uma idéia: vou fazer isso!!!
Bobo, mal sabe que essa doma não permite balda.


Natureza bandida...por isso que odeio mulher.
São as salvadoras e destruidoras de tudo.
Vou ser pra sempre menina.

Anônimo disse...

"Escolher, para uma mulher, não significa ganhar aquilo e sim, perder todo o resto."

A verdade me dói mais do que qualquer enxaqueca.