terça-feira, novembro 29, 2005

Horizonte

Se sobre o céu se reveste o espírito de esperança
Sobre a noite então enche-se de inconstância?
Na alma que sangra ou no olhar de descrença
Fecha-se o círculo, perfeito da consciência.

Tudo em transe, tudo em fase, tudo estranho e tudo renasce.

De um raio que surge não sei de onde
Acorda o corpo para o Sol radiante
De um arrepio que não se pretende longe
Acorda a razão para o que pode em mente

Tudo em dor, tudo arde, tudo novo e tudo à parte

O Sol, a consciência, o corpo e a alma ...
Todos seguem intocáveis e perenes
O que realmente não fica então acalma?
Diz o destino que não compreende e aí mente.

Tudo vira, tudo muda, tudo emerge e depois afunda.

Criamos constância e não consistência
Criamos sonhos e não essência
Criamos brumas e não existência
Criamos credos sem relevância

Desfecho aparvalhado de coisa sem sentido
Projeto nublado de sede de ouvido
Olhar indiferente como se nada acontecido ...

Tudo certo, tudo entendido, tudo claro e consentido

Abre os olhos e deixa que a luz entre
Quem chora não tem opinião presente
Então permita que se afaste aquele que ainda sente.

Tudo de novo, tudo de bom, tudo em vertigem e sem tom

Destruímos histórias e não sentimentos
Destruímos memórias e não sofrimentos
Destruímos glórias e não acalentos
Destruímos vitórias e ninguém com merecimento.

5 comentários:

Anônimo disse...

então vamos lá, em frente. Tudo entendido e consentido.
Beijos.

Miguel disse...

Sábado foi um grande divisor de águas ...

Anônimo disse...

Miguel, você comentou no meu blog. Nos conhecemos?

Anônimo disse...

oi. Eu sou a Márcia. Foste tu que postou no meu blog. Afinal, tu és Miguel ou Fernando? Falando nisso, adorei o post.

Miguel disse...

Bem vindo a todos. Miguel é pseudônimo. Uma história complicada, um dia conto.