quarta-feira, agosto 10, 2005

Que Coisa ...

Ainda bem que tenho amigos! E QUÊ amigos. Depois dos eventos da semana passada e dos do final de semana eu me perguntava qual o papel das coisas no mundo. Sim, existencialismo dos mais bregas e com pitadas de auto-piedade piegas com alguns tênues sopros de descontentamento psicológico claro, comigo mesmo. Enfim, um quadro caótico e desproporcional típico de pessoas que tentam entender tudo. Por vezes eu queria ser um pedreiro roto e ignorante que ficaria feliz em quebrar umas paredes, levantar outras, beber com os amigos no Bar do Antenor (gente pobre não tem happy-hour!) e afrouxar as "taubas" do barraco com a "nêga véia". Se o Coringão ganhasse eu "era um hômi realizado" e se perdesse tinha a quem culpar. A despeito das dificuldades óbvias da vida deles ela é bastante simples.
Nesse contexto tentei afrouxar as "taubas". Começar por baixo. Levantar o moral. E foi um fiasco. Aqueci bem, corri a pista toda. Mostrei domínio de bola, fiz balãozinho, passe de letra, trivela e até ensaiei umas pedaladas. Estilo Robinho. Tirando onda, demonstrando o potencial matador da fera. Tudo certo. Daí na hora do gol, chutei para fora. Na real, nem chutei. Digamos que levei cartão vermelho antes do intervalo. O meninão colocou a camiseta, pensou que fosse toquinha e foi dormir ...
Péssima atuação do time em casa. E a Raposa ria de tudo, alucinada. Como se diz na gíria do futebol "azar do goleiro"!
Ontem fui ver os Quatro Fantásticos. Fiquei pensando em qual eu seria, levando em conta o problema do final de semana, claro. O Coisa nunca teria problema de ereção. O problema seria arrumar uma camiseta que servisse na criança. Depois como colocar? Desisti. O Tocha Humana jamais seria considerado um homem frígido, calor é o que não falta. Problema seria como chegar perto. O Senhor Fantástico nunca teria problema com o tamanho. O problema seria ereção. Problema sério, aliás. Eu não seria a mulher invisível. Por motivos óbvios. E também não sairia com uma. Não por não vê-la, que, aliás, dá até um fetiche interessante, mas por não ver o que ela tem nas mãos. Hoje em dia tem muita mulher metida a moderninha. Olhando, de luz acesa já é um perigo, imagina invisível.
Entramos no cinema, eu e dois amigos, atrasados devido à minha incontrolável vontade de pedir Bibs pela cor, Halls pela cor e refrigerante, para não perder o hábito, também pela cor. Azul, vermelho e verde. Depois, no afã de encontrar um lugar para sentar, minha perna esquerda deu um "rapa" na minha perna direita e eu quase me estatelei no meio do cinema. Não sei ainda o porquê da briga, mas foi feio! Risadas abafadas que pareciam maiores e escandalosamente mais afrontadoras por serem contidas eram ouvidas no fundo do cinema. Foi uma queda tosca. O pior foi a frase do meu amigo, vendo que era eu o "caído" e tirando o seu da reta:
- Uia! Quem é o imbecil que se estabacou aí na frente?!
Passou o resto do filme me ignorando e rindo. Teve gente que pagou outro ingresso de tanto que riu. Eu vi que tenho amigos e que naquele momento queria ser o Coisa. Na real eu fui para um monte de gente ali.

5 comentários:

Anônimo disse...

Baita tombos, hein?
Ótimo.
Sinal que ainda tá de pé.

Pena não convidar pra ir junto, monstro.

No cinema, é claro.

Anônimo disse...

Ei, quero comentário no meu blog, "faiz u favor"?

Anônimo disse...

Haahahaahah...bem feito!! Beijos... Lua!

Miguel disse...

Todo mundo sacaneando ... que amigas hein!!!

Anônimo disse...

Bem mascarado este teu texto querido....hehehehehe
Bjos