Pequenino, fofinho e com uma carinha de sapeca. Olhinhos levemente amendoados, uma inteligência vivaz. Carisma, meiguice, felicidade, alegria e uma capacidade de destruição semelhante ao Katrina ou ao Vilma.
Uma televisão quebrada, um computador desconfigurado, negrinho embaixo do meu travesseiro. Vidro de pimenta derrubado dentro da geladeira e até agora não achei os fósforos, estou com medo ...
Minhas cuecas e minhas meias foram parar em cabides. Minhas folhas em branco receberam afrescos do tipo Miró. Amarelos e vermelhos. Traços pós-modernos.
Estou sem tevê e com uma grande vontade de botar as minhas mãozinhas naquele pestinha. Filho da pessoa que deixa meu apartamento habitável de novo. Se o Saddam Hussein tivesse ele lá no Iraque não tinha se rendido para os americanos. Acho que numa outra encarnação ele deve ter sido um gladiador romano ou um aviador da Luftwaffe durante a segunda Guerra. Melhor, um Kamikaze.
Nesses momentos me pergunto se realmente quero ter filhos.
Ele se despediu de mim com um sorriso tão lindo que eu pensei que tinha sido uma manhã de felicidade. Na realidade foi, para o dono da eletrônica em que vou ter que consertar a tevê.
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