quarta-feira, outubro 26, 2005

Algodão-doce

Hoje eu quase fui papai. Quase tive uma felicidade absurda na minha vida. Quase recriei algo que perdi a algum tempo, uma família. Quase pude dizer que algo valeu nesse ano sem-fim e sem nada. Quase pude sentir o aconchego de um coração em minha alma. Quase pude abraçar algo e dizer que eu construí e que me daria muita felicidade. Quase consegui fechar um buraco no meu "querer" que havia muito estava aberto. Quase pude gritar a todos os ventos que uma parte da minha felicidade tinha voltado. Quase me senti meu pai, comigo por vir. Quase pude recomeçar o interminável e infindável ciclo da vida. Quase me senti inteiramente responsável por algo grandioso no universo. Quase pude ter a quem realmente precisasse de mim, com toda a essência da vida. Quase pude acompanhar o sonho virando realidade. Quase cuidei. Quase velei. Quase chorei. Quase prostrei. Quase embalei. Quase alimentei. Quase troquei. Quase ensinei.
Minha vida tem sido um eterno quase. Como uma corrida em que a linha de chegada sempre se afasta bruscamente quando eu a toco com o olhar. A mesma sensação eu sentia com algodão doce. Você vê grande e colorido. Sente o cheiro doce e apetitoso. Quando coloca na boca ele some. Sem deixar rastro ...
Será que um dia ele esteve ali? Será que tudo não é mera ilusão?
Só sei que as maçãs do amor, apesar de muitas vezes podres, eram reais. Podia-se até jogar no lixo.
A vida podia parar de brincar de gato-e-rato comigo. Seria pedir muito? Papai Noel?
Eu prometo me comportar.

3 comentários:

Anônimo disse...

Nossa!
Que é isso??

Miguel disse...

Isso? Emoção ...

Anônimo disse...

Realmente vc não entendeu o que quis dizer.......