sexta-feira, dezembro 08, 2006

Panela em que muitos mexem

A impressão que tenho é que vivemos em um tempo onde a verdade não interessa. O importante é a versão. Isso funciona também para a imagem. Se você é ou não bonito, gosta ou não de ser, se é loiro (a) ou moreno (a) não importa. Não importa se gosta desse tipo de vida ou dos valores nela implícitos tampouco. Vale também para as relações, falemos e depois não damos o devido lastro. Manipulações, mentiras, falcatruas e outras coisas são moeda correnta na nossa vida. Aliás parece que inteligência vem sempre acompanhada de tentativa de manipulação. E não falo das mega corporações de manipulação que convencionamos, erradamente ao meu ver, chamar de mídia. Falo das relações pessoais que estabelecemos.
Existem pessoas que se esforçam por parecerem perfeitas mesmo não sendo e mesmo que isso fique evidente. Hoje você deve ser perfeito até ao reverso, ou seja, em errar pareça humilde para assumir e arrependido para mudar. Note que eu falei pareça e não seja. Os valores cristãos que agora entram na moda são transformados e purpurina que recobre uma fantasia. Impressionante como isso ocorre o tempo todo ao meu redor. Sem distinção de pessoa, classe, etc.
E o errado sou eu que sou o mais verdadeiro possível.
Se brinco, bebo, danço e falo bobagem sou imaturo e deveria mudar, "afinal vou ser pai".
Se demoro para tomar uma decisão pensando melhor e articulando várias possibilidades sou covarde e não sei tomar decisões.
Se digo que sou um dos melhores naquilo em que faço e critico aqueles que deveriam ser "colegas" sou antiético e cafajeste com as pessoas minhas "colegas".
Mas ninguém procura ver que sou verdadeiro. Ajo conforme minha consciência no certo e no errado e a assumo, sempre.
Não vou ser modesto aqui, isso me rende problemas, mas também me rende maravilhas.
No mundo estamos em falta disso.

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