A muito tempo estava sem disposição. Em realidade era completamente cheio da vida. Algumas coisas melhoram outras são um desastre nessa curta existência. Creio que somos feitos de sonhos e quando estes se acabam nos deixamos levar pelo tempo e pela desilusão como num grande rio em direção à eternidade. Nesse caminho certamente deixamos a carne e quem sabe o que mais ...
Pois estava eu rolando rio abaixo. Mesmo com os louváveis esforços de alguns amigos e de pessoas importantes para mim, o rio era minha rota. Deixar a vida me levar não é exatamente de bom humor que devemos ir. Eu que sempre briguei por tudo estou, de certa forma, pagando o preço da briga. Rio abaixo.
Ainda não sei ao certo porque voltei a escrever. Certo sim é que preciso de perspectivas para reativar minha vida. Ela entrou num marasmo tremendo. Melhor do que num passado próximo, com certeza, mas calma e sem perspectiva. Não gosto disso. Não me sinto à vontade à deriva, ainda que seguro. Creio na existência da carne como parte integrante da vontade da alma. Uma sem a outra não existe. A outra sem a uma é queda d'água.
Enfim parece que o bote começou a se animar de novo e com isso também meu sangue volta a correr. Como um vampiro recém acordado de um torpor, preciso de tempo para me recompor, contudo inegavelmente volto.
Aos que me detestam, desculpem, preparem-se para guerra novamente. Agora sem quartel e sem trégua. Aos que de alguma maneira gostam de mim, sejam bem vindos no fogo da minha existência. Partilharemos o mate juntos, se for apenas isso que eu puder partilhar ainda sim estarei feliz.
Está na hora de separar os homens dos guris ...
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Um comentário:
Que maravilha ler um texto teu de novo. Tava com saudades de saborear as "tuas letras".
Beijos
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