quarta-feira, abril 12, 2006

Atchim!

Podem falar de qualquer doença, desde que não as mortais, eu ainda acho que rinite é uma desgraça. Padeço deste mal. Não é só nariz assado, devido às inúmeras vezes que temos que assoá-lo, sem efeito prático nenhum. Não é só a fungação que amola o fungador mais do que os que estão ao seu lado, embora as feições destes acabem pondo em dúvida este veredito. Acho que a pior parte é aquele ranhozinho que escorre pelo lado da narina sem que possamos fazer nada. É terrível ficamos parecendo uma crinça ranhenta. Nos sentimos a última das pessoas, nem a cacaca do nariz conseguimos manter dentro de nós. As outras pessoas pensamos ficarem sempre olhando e dizendo: "Que nojo!". Aí, no desespero de manter uma certa altivez, passamos aquele dedo no nariz. Pronto! Ninguém mais te aperta a mão, se alguém viu acha o cúmulo da falta de educação e na realidade não funciona. Tenho uma teoria, acho que na primeira vez que se passa a mão esta tem um potencial de absorção e consegue resolver o problema. Entretanto, como não pára o corrimento, na segunda vez já é aquela meleca. Para tentarmos manter as coisas em ordem e poder olhar as pessoas de frente começamos a passar o antebraço, depois o braço todo ... uma desgraça. Tive uma certa vez a oportunidade de ver o malabarismo feito por um cara que estava passando quase o cotovelo. Ao invés de fazer cara de nojo eu me solidarizei com o vivente e passei o meu também. Disse ainda: "É isso aí brow!"
Agora, porque não agüento mais esse desespero que nos coloca na fronteira do mundo civilizado e educado, quase um marginal da higiene, estou andando com uma toalha de rosto. Quando sinto vontade buzino na toalha. "Doela a quem doela". Afinal o importante é ser feliz. Só não resolvi ainda o desconforto da coceirinha do nariz ...

Um comentário:

Anônimo disse...

Por favor, só não esqueça a toalha jogada em cima da mesa de jantar.....