quinta-feira, novembro 10, 2005

SAC

Em consonância com o post anterior e, depois de muito procurar um número para onde ligar reclamando. Andamos em Igrejas, Terreiros, Templos, Mesquitas, Sinagogas, Centros espíritas e conseguimos o número do "homem". Usando toda nossa influência conseguimos aqui vamos transcrever a conversa.

O príncipe: É o Senhor mesmo?
"Ele": Sim meu filho, sou eu ...
A raposa: Então dá os números da loto para a gente ter certeza ...
O príncipe: Perdoai senhor, ela não sabe o que diz ...
"Ele": Acho que já ouvi isso antes ...
O príncipe: Porque tanta guerra e tanta fome nesse mundo?
A raposa: Que pergunta piegas ...
"Ele": Para compensar tanta beleza e tanto amor.
A raposa: Onde? Onde a gente acha?
O príncipe: Por que compensar? Não podia deixar só as coisas boas?
"Ele": Você só sabe que é "boa" porque existem as outras. Ver o mau te mostra o que é bom. Um não existe sem o outro. Mesmo que eu quisesse ...
A raposa: Podia manerar no nosso não é. Eu já entendi a minha parte do tal "mau".
O príncipe: Não dá para melhorar umas coisinhas só? Coisa pouca como sumir com a inveja ou com a falta de compaixão?
A raposa: Sempre pensando nos outros ... Deixa de ser mané! É o "Cara" pede algo para ti. Por exemplo aumentar a conta bancária ou o pinto, talvez ...
"Ele": Tudo tem seu preço meu filho, você sabe disso ... este é muito alto.
A raposa: Certo mas por que o preço não vem ali no produto como manda a lei? Por que a gente tem que ficar adivinhando. Quero falar com o seu superior ...
O príncipe: Ele é o superior ...
A raposa: É mesmo ...
"Ele": O preço está lá, só que em código de barra.
A raposa: É barra mesmo ...
O príncipe: Eu quero apenas uma coisa ... Quero que rejeição não mais exista!
A raposa: Boa! Vamos ver como ele se sai agora ...
"Ele": Rejeitar é parte do aceitar, coisas gêmeas que não se separam.
A raposa: Que papinho Ying-Yang ...
"Ele": Que conversa príncipe-raposa ...
O príncipe: E a dor? Como faço?
A raposa: E não vem com esse papo de "eu não dou fardo que não possas aguentar". Sai com outra ...
O príncipe: Por que nos fizeste precisar de outra alma? Por que nos fizeste apenas tocar os lábios da felicidade, sem tê-la para si?
"Ele": Porque sem a busca pelo fim da incompleição jamais conhecerias aquilo que te faz humano e te tornaria teu próprio senhor.
A raposa: E isso não seria fantástico?
"Ele": Sim, se e quando tiveres condições de perceber o que isso significa e o que realmente é.
O príncipe: Até lá ...
A raposa: Cabeça na parede ... Porque não é a dele. Por falta de compreensão ou excesso de dor as pessoas buscam em si o que não encontram nos outros e se acostumam com a dor e a solidão.
"Ele": As pessoas que realmente sabem o que querem não se acostumam nunca com isso ...
O príncipe: E passam a vida ou na luta ou na lona ...
"Ele": Não "passam" a vida. Vivem!
A raposa: Mas dói caramba!
"Ele": Lembra-te que choras desde o teu nascimento e o farás até o último dos dias.
O príncipe: E qual o propósito disso?
"Ele": Não creias que te faço chorar. Não creias que te faço rir. Não creias que te faço amar ou do teu amor algo vil. Crê apenas que tu faz o amar. Crê apenas que tu faz o rir. Crê e quando o amar puder vir, terás vontade de chorar e verás que a vida, até então, foi vil.
O príncipe: Eu chorei, eu ri, eu amei ...
"Ele": E eu vi ...

Um comentário:

Miguel disse...

A coisa mais importante que nos deram foi o livre arbítrio ...

Mas isso não quer dizer que não somos responsáveis.

"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."